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EDUCAÇÃO POLÍTICA
Aprender política é um trabalho consistente e cotidiano
Todos os dias, todas as horas
Não se faz com a consciência obstinada, mas sim ativa
É como construir um castelo de areia, que sempre precisa de retoques
Às vezes vem uma onda ou uma ditadura e destrói tudo
Às vezes chegam os autoritários e tentam chutá-lo
O mesmo fazem os fascistas, os nazistas, os stalinistas
Mas também quase sempre são impedidos
Quem aprende política sabe dar os braços e agüentar o tranco
Quem aprende política sabe formar uma roda e girar com força
Mas se alguém fica distraído, abobalhado ou anestesiado frente a uma TV
As águas dos apolíticos começam a minar toda construção
Eles chegam com suas quinquilharias de consumo e produção de lixo
Eles pisam no castelo e dizem que foi sem querer, sempre sem querer
O apolítico não tem culpa de nada; é uma consciência vazia
Mas o seu grande estrago é não diferenciar as ondas políticas
Pode ser a chuva, pode ser o som, pode ser o vento.
Estão todos aí, como uma natureza indomável, prontos para derrubar o castelo
Mas não há desânimo, não há resignação, não há desamparo
Construir um castelo democrático é o desejo de quem quer aprender política
É uma necessidade para quem sonha e vive a liberdade
É uma honra para quem se orgulha das lutas passadas, dos homens e mulheres que conquistaram o que temos hoje
Aprender política não se faz só com acertos; muitas vezes se erra
Mas se isso ocorre, é só recomeçar e trilhar novos caminhos
Aprender é a nossa educação política
(Glauco Cortez)
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Realmente os candidatos do PT saíram-se muito bem, em eleição muito peculiar na qual destacam-se as eleições de Haddad em São Paulo, ACM Neto na Bahia e o candidato do PSOL no Amapá. Ainda, PSD (ex-pefêlistas/demistas que são abraçados pelo PT) e PSB.
Todo o desgaste de Serra e a força adesiva de Lula foram postos à prova na eleição paulistana, sendo emplacado mais um candidato chancelado por Lula e Dilma. De início, um ilustre desconhecido, com 5% das intenções de voto, indo ao segundo turno e vencendo as eleições – em outras ocasiões comentei que a única mácula por mim vista em Haddad foi “chutar” Erundina e abraçar Maluf e espero que ele não decepcione, que honre seu currículo.
Aqui na Bahia, destaque-se a crítica feita pelo Deputado Jean Willys, parabenizando o governo petista de Jacques “Petágio” Wagner pelo ressurgimento do Carlismo (http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/famosos-comentam-nas-redes-sociais-a-vitoria-de-acm-neto/?tx_comments_pi1%5Bpage%5D=6&cHash=e576d282ec1550dd3cafb3eb3558e5cc). Mas, ao menos até aqui, não concordo que o carlismo esteja ressurgindo, haja vista o desfazimento do grupo político composto por Paulo Souto, César Borges e outros, quando do falecimento de ACM, eu ainda concordando com a tese de que ‘nenhum “ismo” sobrevive ao seu criador’. Eleição, pois, em que também é destaque o desgaste de um governo e a insatisfação da população, sendo buscada a via de ACM Neto e temos de aguardar resultados, tanto quanto em relação a Haddad.
Já quanto à eleição do PSOL, vemos um partido formado por dissidentes ou resistentes do PT, que não concordavam com muito do que vinham vendo. Buscado o radicalismo inicial, o partido trilha o mesmo caminho do PT, amansando o discurso e buscando aliados até então improváveis.
Então realmente o mensalão do PT não fez tanta diferença, sendo sempre o maior destaque o terrorismo de candidatos e apoiadores que dizem: se não for eleito nosso companheiro, não vai ter bolsa família, não haverá mais projetos sociais, recebimentos de verbas, o que denota, senão desconhecimento da lei e da Constituição da República, deliberada ameaça contra os mais pobres, o que quase deu certo em Salvador.
Então deixemos seguir o processo do mensalão. As condenações deveriam, em verdade, ser vistas como algo bom, uma possibilidade de ampla limpeza no partido e retorno aos valores éticos de sua fundação, pelo que torço sempre.
Se defendemos a democracia, não pode ser ela uma meia-democracia, as leis só valendo para o outro lado, nós nos considerando enquanto bons, especiais demais para sermos condenados por crimes eventualmente cometidos.
Se foi Lula, FHC, Sérgio Mota, Dirceu, Marta, Ruth, Marisa, Lulinha Fenômeno Empresarial do Capitalismo etc., se qualquer deles cometeu crime, que sejam exemplarmente punidos e que lutemos, sem hipocrisia, pela ampla divulgação de julgamentos, a fim de a população em geral entender que lugar de criminoso é na cadeia.
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