BRASIL É O SEGUNDO PAÍS MAIS DESIGUAL DO G-20, FICANDO À FRENTE APENAS DA ÁFRICA DO SUL, DIZ ESTUDO

Para a Oxfam, o Brasil precisa levar em conta que as pessoas mais pobres são as mais impactadas pela volatilidade do preço dos alimentos, do preço da energia e dos impactos da mudança climática

No Brasil, as coisas se dão de forma peculiar. Na mesma época em que comemoramos o fato do Brasil ter ganho posições no ranking das maiores economias do mundo, indo da sétima para a sexta posição, uma notícia nos lembra dos grandes desafios que temos pela frente ao mostrar que entre os países que compõem o G-20 (grupo das vinte maiores economias do planeta), o Brasil é o segundo mais desigual, tendo apenas a África do Sul com maiores níveis de desigualdade social.

O dado foi divulgado por uma pesquisa realizada pela Oxfam – entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países – que constatou que os países emergentes são aqueles que apresentam mais desigualdade social. Os países desenvolvidos apresentam os melhores resultados, tendo a França à frente do grupo.

A pesquisa reconhece que o Brasil foi um dos países onde o combate à pobreza foi mais eficaz nos últimos anos. Como mostra notícia publicada pela BBC Brasil, ” o estudo cita dados que apontam a saída de 12 milhões de brasileiros da pobreza absoluta entre 1999 e 2009, além da queda da desigualdade medida pelo coeficiente de Gini, baixando de 0,52 para 0,47 no mesmo período (o coeficiente vai de zero, que significa o mínimo de desigualdade, a um, que é o máximo)”.

As previsões são otimistas e apontam que se o Brasil crescer de acordo com as previsões do FMI (3,6% em 2012 e acima de 4% nos anos subsequentes) e mantiver o mesmo índide de queda da desigualdade e crescimento populacional, o número de pessoas pobres cairá em quase dois terços até 2020, com 5 milhões de pessoas a menos na linha da pobreza.

Os dados otimistas revelam que as políticas sociais brasileiras têm dado certo, no entanto, para que a desigualdade social realmente seja controlada, passando a existir em níveis minimamente aceitáveis, o investimento em políticas mais duradouras e que geram efeito a longo prazo, como é caso da educação e de políticas culturais, é imprescindível. Sem isso, podemos até conter por um certo período de tempo os números da pobreza, mantendo-a sob controle, mas o círculo vicioso por meio do qual ela eternamente é renovada, em esperadas repetições, não será quebrado.

Potencial para rompê-lo o Brasil já mostrou que tem, resta saber se, como diz o estudo, uma escassez de vontade política não fará com que os avanços parem no meio do caminho.

Veja trecho de notícia sobre o assunto:

Brasil é segundo país mais desigual do G20, aponta estudo
O Brasil é o segundo país com maior desigualdade do G20, de acordo com um estudo realizado nos países que compõem o grupo.
Da BBC Brasil

De acordo com a pesquisa Deixados para trás pelo G20?, realizada pela Oxfam – entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países -, apenas a África do Sul fica atrás do Brasil em termos de desigualdade.

Como base de comparação, a pesquisa também examina a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo acima.

A pesquisa afirma que os países mais desiguais do G20 são economias emergentes. Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados.

Já as nações com maior igualdade, segundo a Oxfam, são economias desenvolvidas com uma renda maior, como França (país com melhor resultado geral), Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.
Avanços

Mesmo estando nas últimas colocações, o Brasil é mencionado pela pesquisa como um dos países onde o combate à pobreza foi mais eficaz nos últimos anos.

O estudo cita dados que apontam a saída de 12 milhões de brasileiros da pobreza absoluta entre 1999 e 2009, além da queda da desigualdade medida pelo coeficiente de Gini, baixando de 0,52 para 0,47 no mesmo período (o coeficiente vai de zero, que significa o mínimo de desigualdade, a um, que é o máximo). (Texto completo)

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4 respostas para “BRASIL É O SEGUNDO PAÍS MAIS DESIGUAL DO G-20, FICANDO À FRENTE APENAS DA ÁFRICA DO SUL, DIZ ESTUDO”.

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