TUCANO ACUSADO DE MATAR 4 PESSOAS, MOTORISTA E TRÊS FISCAIS DO ESTADO NA CHACINA DE UNAÍ, CONTINUA LIVRE E É HOMENAGEADO

Da série: tucanos querem reduzir a idade penal, mas para quê?

Tucano acusado de mandar matar 4 na chacina de Unaí se diz vítima

Antério Manica, condecorado na Assembleia de Minas Gerais
Antério Manica, condecorado na Assembleia de Minas Gerais

Vi o Mundo

A Chacina de Unaí vai completar quase uma década sem julgamento.

No dia 28 de janeiro de 2004, uma denúncia anônima de trabalho degradante no campo (forjada) levou três auditores fiscais do Ministério do Traballho e o motorista deles para uma emboscada. Todos foram executados com tiros na cabeça, a menos de 160 quiilômetros de Brasília.
Os assassinatos repercutiram dentro e fora do país.
Por pressão direta da Presidência da República, uma investigação relâmpago descobriu os envolvidos nas execuções. Uma trama que envolve hierarquia e poder.
Segundo o Ministério Público Federal, os irmãos Antério e Norberto Mânica, os maiores produtores de feijão do país, seriam os mandantes.
Hugo Pimenta e José Aberto de Castro, o Zezinho, empresários de sucesso na produção de grãos, os intermediários.
Francisco Helder Pinheiro, conhecido como Chico Pinheiro, o homem que contratou os pistoleiros.
Erinaldo Silva e Rogério Alan Rocha, os matadores.
Willian de Miranda, motorista dos bandidos.
E Humberto dos Santos, o responsável por tentar apagar os rastros da quadrilha.
Antério Mânica, segundo o Ministério Público Federal um dos mandantes da chacina, se elegeu duas vezes prefeito de Unaí concorrendo pelo PSDB.
Sua declaração de bens na Justiça Eleitoral, em 2008, chegou perto dos 19 milhões de reais.
A primeira eleição aconteceu no ano do crime, mesmo sendo ele um dos suspeitos de mandar matar os servidores públicos.
Antério passou dois curtos períodos na cadeia.

As propriedades dele, com cerca de cinco mil hectares, produzem mais de 200 mil sacas de 60 quilos de feijão por safra.
Os Mânicas são descendentes de italianos. Chegaram ao Brasil no final de década de 40.

Hoje, Antério diz que praticamente não conversa com o irmão, Norberto, que mudou-se para o interior de Mato Grosso. (Texto completo)

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Comentários

6 respostas para “TUCANO ACUSADO DE MATAR 4 PESSOAS, MOTORISTA E TRÊS FISCAIS DO ESTADO NA CHACINA DE UNAÍ, CONTINUA LIVRE E É HOMENAGEADO”.

  1. Avatar de Rodrigo
    Rodrigo

    No todo, um absurdo o fato.
    Humilhar o trabalhador, extirpar sua dignidade, reduzindo-o à condição análoga à de escravo, ou ainda negando todos seus direitos trabalhistas, neste caso a exemplo da denúncia contra a Revista Caros Amigos (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1245175-revista-caros-amigos-demite-jornalistas-apos-greve-contra-cortes.shtml). “Direitista” ou “esquerdista”, ambos têm de se curvar não apenas à lei, mas ao sentido que levou o legislador a assegurar o direito dos trabalhadores, registrando em CTPS o contrato, pagando o salário devido, recolhendo FGTS e descontando INSS, caso contrário seguiremos como o país da hipocrisia; um acusado de assassinato é condecorado, ao que condenados por crimes integram a CCJ e se escondem por detrás de Marco Feliciano.
    Já quanto à redução da maioridade, temos dois lados. Um é a presente inoperância, precariedade de investigações e ausência de locais para acolhimento de menores; em tese, teríamos a lei, mas não sua aplicação, em todos os Estados.
    Isso me leva a pensar em um dos argumentos que levou à política de cotas (trato do tema por sermos adultos e maduros para discutí-lo, sem porretes levantados): a necessidade de levar ao ensino superior milhares ou milhões de jovens que foram lesados pelas piores condições de ensino, não havendo como mais esperar.
    Então, por que poderíamos e deveríamos agir neste instante quanto a cotas, mas não quanto à proteção ao menor e à violência em crescimento exponencial?
    A questão é mera provocação, para levar-nos a raciocinar, a ao menos tentar chegar a uma solução. Algum passo tem de ser dado neste momento pois, efetivamente, os “menores” já têm suas próprias gangues e, como vemos, normalmente são os mais violentos em ações criminosas. A atual situação de inoperância incutiu na mente deles a sensação de impunidade, haja vista normalmente serem liberados por falta de locais de acolhimento.
    Ainda outro dia, chegando a Campinas, assistia entrevista de Alckmin a Datena. Dentre várias perguntas, ao final foi apertado com denúncia de suposta (grifo, sublinho e destaco) conduta de psicólogos/psiquiatras (não me recordo qual das especialidades), que estariam sendo levados a dar laudos favoráveis à liberação, a fim de evitar superlotações – infelizmente não vi a resposta, pois estava desembarcando.
    Então não precisamos abortar, encerrar uma discussão em definitivo. Temos de conscientizar-nos em busca de uma proposta para o dia de hoje, bem como irmos em busca de uma solução futura, pois ao menos foi esta a justificativa para o sistema de cotas e é válida, sem nenhuma ironia, para o caso dos menores infratores. Algo de racional há de ser feito, sem extremismos “esquerdistas” e “direitistas”.

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  2. […] 1 Comentário Publicado por glaucocortez em 3 maio, 2013 […]

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